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quinta-feira, dezembro 23, 2010

Feliz Natal!

Felicidade! É tudo o que desejo para mim, para aqueles que amo e aqueles que acompanham este blog. E já agora, até mesmo para aqueles que não amo e que são uns chatos de primeira. Que sejam muito felizes e bem longe de mim, de preferência! :D

Desejo que o ano de 2011 seja MUITO melhor que o de 2010. Apaixonem-se, sejam promovidos no trabalho, façam aquela viagem que sempre quiseram, tirem notas fantásticas no exames, conheçam pessoas novas, mantenham as velhas amizades, abracem e digam aos vossos familiares e amigos como os amam, saltem de para-quedas... Riam, chorem e vivam a vida ao máximo (isto até me lembrou a publicidade à comida para gatos castrados).

Beijinhos a todos.

domingo, dezembro 12, 2010

Crise, hello?

Cada vez que vejo na televisão, leio nos blogs ou falo com amigos e conhecidos sobre presentes de Natal dá me um friozinho na barriga. É que até parece que não há crise nenhuma e que 2011 não vai ser um ano absurdamente difícil a níveis económicos para todos nós. A inconsciência do pessoal dá-me arrepios, a gastarem balurdios em presentes de Natal para a prima, para o primo, amigo e vizinho, para o periquito e o papagaio. É que se fossem ricos, eu até entendia e aplaudia efusivamente porque o consumo é bom para a economia. Mas não são, de todo. Algum desse pessoal anda a receber pouco mais do que o salário mínimo, tendo filhos para criar e gasta todo o subsidio de Natal em prendas.

Aqui em casa nunca houve essa tolice de presentes para meio mundo, independentemente do dinheiro que havia na nossa conta bancária. Por princípio, achamos isso uma estupidez. Só eu e a minha irmã recebíamos presentes porque éramos as crianças da casa. Depois eu cresci e a partir, mais ou menos, dos meus 12 anos, eu e a minha irmã começamos a juntar mesadas para dar um presente aos papás. Havia um ou outro ano em que também contemplávamos os avós com prendinhas simbólicas. Sem ser os meus pais, só recebia presentes da minha madrinha (que sempre foi o meu Pai Natal), roupa interior suficiente para todo o novo ano da minha avó materna e dinheiro dos restantes avós. E só. Natal nunca foi sinónimo de andar a correr as lojas à procura de presentes à última hora como se a nossa vida disso dependesse.

Portanto, sim, faz-me confusão as pessoas que têm uma lista de 40 presentes para oferecer. Ainda mais quando não há dinheiro para sustentar tanta superficialidade e hipocrisia. Sim, porque na maior parte dos casos, o presente é só porque fica bem, só porque é correcto oferecer o presente. E que se lixe se no resto do ano andam a falar mal uns dos outros.


quarta-feira, dezembro 01, 2010

My umbrella-ella-ella ♫

O dia hoje começou cedinho com frio e a chover a sério. Larguei o carro ao lado do Ministério da Saúde e de guarda-chuva em punho concentrei-me em percorrer o resto do caminho até à faculdade molhando-me o menos possível. Estava a passar nas passadeiras dos arcos quando ouço alguém chamar "olha, desculpa?". Virei-me para trás e deparei-me com uma miúda quase colada a mim "Sim..?" "Vais para ali?" e apontou com o dedo para a subida dos arcos. Respondi que sim e ela pediu-me boleia no guarda-chuva.

Dei uma olhadela rápida ao mini guarda-chuva, daqueles que até cabem na carteira e pensei que, se mal me tapava a mim, ia ser lindo tapar-nos às duas. Mas nem pensei em dizer que não. Passei-lhe o guarda-chuva porque já estava a ser difícil carregar a pasta com Código Civil, a carteira e o guarda-chuva sem me estar a preocupar em cobrir outra pessoa para além de mim.

Que grande erro, pá! Assim que se viu de guarda-chuva na mão, pôs a primeira e tive que acelerar o passo para a conseguir acompanhar. Talvez o óbvio não seja tão óbvio para algumas pessoas mas, pessoas mini dão passos mini. Mais curtos. Lamento, mas as minhas pernas não aguentam andar a passos de gigante por muito tempo. Além disso, eu estava de saltos. Quando dei por mim, estava a fazer a subida dos arcos já com as pernas a doer e a respiração ofegante, a esforçar-me para manter o ritmo daquela desconhecida apressada, sendo que eu só tinha aulas dentro de 40 minutos!

Ela ainda me perguntou se estava a andar muito depressa, mas bolas, sou orgulhosa e recusei-me a dar o braço a torcer. É estúpido, eu sei. Na hora, mal lhe respondi que não, que estava óptima, insultei-me mentalmente todos os nomes que me lembrei. Entretanto perguntou-me onde estudava, respondi-lhe FDUC mas apressei-me a acrescentar que ia ficar nas Matemáticas, para tirar fotocópias - benditas fotocópias!

Mas então, fez-se destino! Ou justiça. Whatever. É por isso que eu adoro aquele ditado que diz que quem ri por último é quem ri melhor. Se a rapariga se estava a divertir com as minhas dificuldades físicas, muito mais me diverti eu depois. Estávamos já a chegar às matemáticas quando ela, com um vento mais forte, deixou escapar o guarda-chuva. Se eu já estava sem fôlego da subida, pior fiquei enquanto me partia a rir - o mais silenciosamente possível - ao vê-la correr atrás do guarda-chuva, ora com os braços no ar como quem pede ajuda aos céus, ora quase de gatas para tentar alcançar o guarda-chuva que fugia à frente dela.

Quando ela finalmente alcançou o guarda-chuva e se virou para mo entregar, mordi as bochechas, mantive uma expressão neutra e entrei na faculdade de Matemática enquanto ela corria para a de Letras. Só quando vi que ela já se estava afastar é que me sentei nos degraus a rir-me que nem uma maníaca, agarrada à barriga enquanto tentava voltar a respirar normalmente. Ainda bem que não conheço ninguém na faculdade de matemática. Sinceramente, valeu a pena todo o esforço da subida só pela cena fantástica de perseguição ao guarda-chuva.

Adoraria dizer que o guarda-chuva não sofreu danos com
a sua fuga mas...Uma vareta foi partida durante o
processo. Valeu a pena, mesmo assim. Tudo
em nome de umas boas gargalhadas.