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quarta-feira, março 30, 2011

Esquisitices alheias

Há pessoas que me assustam. Muito. Pessoas que tem comportamentos que nos fazem duvidar da sua sanidade mental, esquisitices mas não aquelas esquisitices que nos fazem rir. Estou mesmo a falar daquelas que ficamos sem saber como reagir e se estamos a salvo perto de tal lunático.

Um rapaz na minha faculdade, chamemos-lhe... Daniel, enquadra-se nesse grupo de pessoas esquisitas, tão esquisitas que me sinto desconfortável quando estou perto dele. Nunca trocámos mais de duas ou três palavras. Limitamo-nos aquela conversa de circunstância, ao bom dia e boa tarde a que a educação obriga. Pelo menos, da minha parte. Da parte dele, os seus "OLÁ MINI!" são ditos num tom tão feliz e animado, que as primeiras vezes que isso aconteceu, dei por mim a olhar discretamente para os lados para verificar se estava a falar comigo, o que, diga-se de passagem, foi bastante estúpido, porque o meu nome nem é dos mais comuns, tipo Ana ou Joana.

O tempo passou e o nossos caminhos desencontraram-se e quase nunca lhe pus a vista em cima. Até segunda-feira. Numa aula, estava já a turma toda nos seus lugares e o prof a falar quando o tal Daniel entra pela porta adentro, esbaforido, quase sem ar. Olhou para a fila onde eu estava, com os dois lugares ao meu lado ocupados por mochila, casaco e sei lá mais o quê, verificou que para ir para esses lugares ia ter que obrigar o pessoal a levantar-se e... Saltou a bancada, atirando a mochila e afins todos ao chão, fazendo tal estardalhaço que fez toda a sala se virar na nossa direcção. Só me apetecia enfiar-me num buraco e nem era nada comigo. Por fim, lá se sentou, deixando entre nós um lugar vago.

Esquecido o incidente, a primeira hora da aula continuou sem mais nada a salientar. Veio o intervalo, e a segunda hora. Estava eu concentradíssima* nas palavras do prof quando reparo que o Daniel está a olhar para mim fixamente. Fiquei desconfortável, perguntei-me se por acaso tinha riscado o nariz com a caneta e dei um sorriso, ou melhor, um erguer dos cantos da boca, à espera que ele se tocasse e focasse as suas atenções no prof. Não. Foi pior a emenda que o soneto, como se costuma dizer. Quando dei conta, ele estava ele a esticar o braço na minha direcção para... Me tocar com a ponta da tampa da sua caneta bic na bochecha. Isso mesmo. Fiquei congelada, totalmente sem reacção, a olhar para ele provavelmente com os olhos arregalados e uma expressão "WTF!?". Como tinha sido útil uma fotografia à minha pessoa naquele momento! E ele, como se não tivesse feito nada de estranho, tendo em conta que mal me conhece, virou-se novamente para o prof. E manteve-se sossegadinho o resto da aula, graças a Deus.

Agora, pergunto-me se me devo preocupar com o rapaz. Se devo começar a olhar sobre o ombro, pronta para disferir golpes com a minha mala quando ele se aproximar. Talvez ele seja um psicopata, um serial killer, e o seu toque de caneta seja uma forma de marcar as suas próximas vítimas. É que, desculpem lá, mas um gajo que usa um cabelinho à Nuno Gomes empastado em gel, não pode bater bem. O Nuno Gomes (ele que me perdoe que até gosto muito dele) ainda tem desculpa, que isto da fama sobe à cabeça de uma pessoa. E o Daniel, qual a desculpa dele? E... porquê EU!?

Se eu desaparecer sem deixar notícias, já sabem o que aconteceu...! Denunciem!
*sem isto vos lembrar o Futre, foi só coincidência! lol


sexta-feira, março 25, 2011

Farta

Estou farta. Farta dos gajos dos seguros, dos idiotas da peritagem, do sem fim de burocracias que é preciso aguentar para ter a porcaria do carro arranjado. É por causa disto que este país não anda para a frente. Tudo complica, tudo transforma a mais singela situação num bicho de sete cabeças. Se isto é assim por um mero acidentezito, sem consequências graves, nem quero imaginar se tivesse morrido alguém! 

À parte disto, estou a adorar os dias primaveris com sol, calor sem ser demais e roupas leves. Não é por acaso que a Primavera é a minha estação preferida (só perde pontos quando decide chover!)

fonte

quinta-feira, março 24, 2011

Não é meu, mas até podia ser | vol.ii

A Pipoca Mais Doce: Sou apartidária

"Serve a afirmação acima para justificar o que vem de seguida e para me pouparem a frases feitas, do género “só dizes isso porque és de direita” ou “só dizes isso porque és de esquerda”, ou ainda um “tu queres é tacho”. Desde que voto, o meu espectro eleitoral já foi do PSD ao PC. Mais do que votar em partidos, voto em pessoas, em características, em personalidades. Inocente? Talvez, mas cada tem um o seu critério de votação e este é o meu. Não sinto devoção para com nenhum partido, não acho que só por ser PS ou PSD então é brilhante, não tenho paixão por um partido como tenho por um clube. E ainda bem, que paixão e política são coisas que não combinam. Ontem assisti com alguma incredulidade ao discurso de vitimização do PS. Desde o Kalimero que não via alguém a sentir-se tão injustiçado com a vida. Cheirou-me a chantagem da grossa, que é coisa que me dá enjoos tão violentos como os que as grávidas devem sentir. Para o Engº Sócrates e para o PS em geral, agora é que a crise vai começar. Agora é que o caldo entornou de vez. Agora é que o País vai por água abaixo. E a culpa é de quem? Da oposição, claro, esses malandros que lhes tiraram o brinquedo das mãos (e por brinquedo leia-se o poder). A palavra que mais ouvi ontem foi "responsabilidade". Mas uma responsabilidade que se sacode para cima dos outros, em vez de se assumir como nossa. Agora é que a crise vai começar? Mas, esperem lá, não estávamos já em crise? Ou tudo correu bem nos últimos anos de governação PS? Só ontem, depois do chumbo do PEC no Hemiclico, é que o país entrou entrou em crise? Jorge Lacão, ministro dos Assuntos Parlamentares, dizia em entrevista à TSF (com um tom que parecia que ia começar a distribuir tabefes a qualquer altura), que a crise era "totalmente responsabilidade da decisão da oposição em vetar o PEC". Oi? Perdão? É que eu ia jurar que já há uns meses (anos?) que andávamos a ouvir falar de crise. E da possível entrada do FMI. E das taxas de rating. E do endividamento. E dos cortes em tudo e mais alguma coisa. E por isto tudo, ninguém se responsabiliza? Quantos mais PECs era suposto a oposição aceitar para evitar o inevitável? Põe-se o ónus da culpa nos outros, para não termos de dizer que a culpa também é nossa, numa atitude completamente autista. Senti que me estavam a deitar areia para os olhos, a tratar por estúpida: "Atenção, portugueses, que a culpa não é nossa que temos estado a governar o País nos últimos seis anos. Não! O País vai começar a afundar-se e a culpa é destes senhores da oposição que não nos deixaram continuar a fazer o nosso trabalho, que estava a ser para cima de exemplar! Um mimo de governação! Por isso, não vão em cantigas e votem de novo em nós, para podermos continuar o que começámos.". Ora, ide-vos todos fod*r, sim? Haja falta de tudo para se vir dizer que estava tudo a correr lindamente, que não ia ser preciso recorrer à ajuda externa, que o País caminhava no bom sentido. Mas só até ontem, claro, porque agora não há volta a dar. Foi a oposição, e mais ninguém, que lançou Portugal para o caos, por isso agora aguentem-se à bronca. Tenho pena que esta tenha sido a forma mais original que o Governo arranjou para tentar sair em alta. Não saiu. Fica-se só com a ideia que vivemos num imenso jardim infantil em que se aponta o dedo ao miúdo do lado quando se pergunta quem partiu a jarra. Mesmo que tenhamos os cacos na mão."

Morning Glory

Gostei! Muito mesmo. Fui ao cinema (antestreia, graças à RFM!) sem grandes expectativas, confesso. É uma comédia formidável. Gosto muito da Rachel McAdams e o Harrison Ford também esteve muito bem. Não, não é um candidato ao Globo ou Óscar. Não fala sobre nenhum problema sério da humanidade, nem é um bom filme para pessoas muito intelectuais e sisudas, que vão ao cinema e só querem ver obras-primas.

É uma comédia e nisso cumpre perfeitamente o seu papel. Já não me ria assim há muito tempo, até me doerem as bochechas e me virem as lágrimas aos olhos. E também já algum tempo que não ouvia uma sala de cinema em peso a rir à gargalhada. Portanto, se estão à procura de um filme em que possam descontrair depois de um dia de trabalho, dar umas boas gargalhadas e trabalhar os músculos faciais, vão ver! Meninas, podem também levar o namorado que não gosta de coisas lamechas: apesar de supostamente ser uma comédia romântica, a vida amorosa da personagem é o menos relevante na história.

quarta-feira, março 23, 2011

Momentos dignos de registo

Não gosto de ir à inspecção automóvel. Não que o tenha feito muitas vezes, na verdade, na qualidade de condutora só lá fui uma vez, mas acompanho a minha mãe, só mesmo para lhe fazer companhia. E sempre achei aquilo uma chatice, os carros em fila indiana, à espera de serem inspeccionados, gajos a gritarem "pisca do lado direito... Agora do lado esquerdo! Trave." e esse tipo de coisas.

A minha primeira vez foi engraçada. E a mamã foi comigo, para fazer companhia, ou então para ver se eu não fazia figurinhas tristes, como não acertar com o sitio certo para pôr o carro...Calhou-me na rifa um funcionário com cara de poucos amigos, que fiquei sem perceber se o dia lhe estava a correr mal ou se era sempre assim. Do modo como falava comigo e agia, pareceu-me ser um daqueles tipos irritantes que acham que "mulher ao volante, perigo constante". Que as mulheres, só por serem mulheres não percebem nada de carros, que são diminuídas intelectualmente ou algo assim. E que ele, como macho alfa, é que era o iluminado por ali e que tinha que fazer o grande frete de me aturar.

Tirei-lhe logo a fotografia, mas ignorei, ia anuindo com a cabecinha, muito pacientemente, ao que ele dizendo. Até que a ave rara dirige-se ao meu Peugeot 107. Abriu a porta do condutor, enfiou-se lá dentro a verificar os cintos e sei lá mais o quê, e depois voltou a sair. Foi então que fez uma coisa fantástica: puxou o banco do condutor para a frente e inclinou as costas do banco até estas ficarem encostadas ao volante. Melhor parte: começou a tentar enfiar-se no minúsculo espaço que conseguiu arranjar atrás do banco, para entrar para os lugares traseiros, de rabo no ar virado na minha direcção. E eu já estava a ver o homem a ficar ali entalado e terem que me desmanchar o carro para o tirar: Olhe lá, mas o que é que está a fazer!?

Ele saiu, encarou o carro como se olhasse para um puzzle de 5000 peças e lançou-me um olhar irritado: "O que lhe parece? A tentar entrar para os bancos de trás...!" ao que eu, depois de uns segundos a olhar para o homem como se ele tivesse problemas mentais sérios, comentei, de forma muito descontraída, só mesmo numa de meter nojo "Técnica interessante, nunca o fiz dessa maneira...". E o homem, provavelmente já a passar-se: "Então faz como!?" ao que eu simplesmente respondi, com um sorriso: "Abro a porta traseira".

O esforço que eu tive que fazer para não me partir a rir quando o homem recuou dois passos para observar o carro melhor e finalmente perceber que tinha 5 portas! Aposto que nunca mais vai olhar para nenhuma mulher, principalmente pequenina, de lado, com aquele arzinho de "eu que sou homem é que percebo de carros, pá!". Certamente até percebe, pelo menos mais do que eu, mas não é por ser homem nem por eu ser uma miúda.

terça-feira, março 22, 2011

Tarde gloriosa!


Quem vai à antestreia do filme Manhãs Gloriosas com a RFM? Eu mesma! Estava tranquilamente sentada no carro da minha mãe na fila do Centro de Inspecções e, como sempre, a rádio na RFM. E de repente, começo a ouvir o Paulo Fragoso a dizer qualquer coisa sobre o pessoal de Coimbra poder ir à antestreia e que era para ligar ou mandar sms. Decorei o número e pus-me a ligar e dava-me sempre rede ocupada. Insisti e de repente atendem-me a chamada. E eu à espera de apanhar com uma gravação a fazer-me perguntas ou então ser sujeita a um sorteio qualquer, como fazem na televisão. Dei-lhe os meus dados ainda à espera de um "e agora para ganhar tem de fazer...". Mas nada! Só me mandaram levantar os bilhetes e aproveitar o cinema. Fantástico! Passei a gostar ainda mais da RFM ;D E até esqueci as dores monumentais com que acordei hoje no pescoço, que não me deixa virar para lado nenhum.

segunda-feira, março 21, 2011

Resumo do dia

O meu carro vai receber uma traseira nova. Com para-choques e tudo incluído. E não vou pagar nada. Fantástico. Tudo à conta de uma gaja que não sabe o que é aquela coisinha chamada distância de segurança, ou que é a Miss Distração ou seja lá qual for a desculpa dela, e que achou por bem começar a manhã a ir-me ao cu - não literalmente..!

Acabei de vir do seguro e não, a culpa não foi minha. Mas ainda assim é coisa para estragar o dia a uma pessoa. Há dias em que eu ganhava mais se nem levantasse o rabo da cama. O meu carrinho tá com doi-doi e muito amargurado. Mas pelo menos veio pelas suas próprias rodas para casa. O dela teve que ir às cavalitas do reboque. É a vida...

sábado, março 19, 2011

Into the Wild


Depois da Sofia me ter falado neste filme há uns posts atrás, quando escrevi aqui sobre o "127 hours", fiquei curiosa e, apesar de algumas opiniões negativas que li por ai, decidi dar-lhe uma oportunidade, quanto mais não seja para falar com conhecimento de causa.

Pessoalmente, não fiquei impressionada. Mas indo por partes... Não sou expert em cinema e os termos técnicos escapam-me mas o que mais gostei em Into the Wild foi o modo como a câmara captava as cenas, a paisagem, como nos envolvia em todo o ambiente. Quem esteve por trás deste trabalho de filmagem/produção ou seja lá qual for o nome certo, é genial. Há cenas bonitas no filme, que nos fazem pensar e gostei mais das personagens secundárias do que o próprio Christopher. Achei-as mais humanas, reais. O Chris, sinceramente, batia mal daquela cabeça. Muito mal. E sim, eu sei que é feio falar mal dos mortos mas... Ei, Chris, não é nada pessoal, ok?

Não consigo identificar-me com ele e talvez seja por isso que não fiquei encantada. Entendo que ele é, em parte, resultado de toda a infância/adolescência complicada que teve com pais que viviam em desequilíbrio e desarmonia, limitando-se a pensar nas aparências e no dinheiro dando pouco valor ao que realmente importa: família, amor, respeito ao próximo. E também entendo que ele quisesse fugir daquela vida, da sociedade americana e o seu materialismo, que se quisesse livrar do dinheiro dos pais e trilhar o seu próprio caminho longe de tudo aquilo que tanto o atormentava. Mas... Ir enfiar-se no Alasca com recursos escassos de subsistência? Pouca comida, incontactável, sem ninguém que o pudesse ajudar em caso de doença ou ferimentos...? Para quê? Qual o ponto? Testar os seus próprios limites? Se a questão era distanciar-se do tipo de vida dos pais, teve oportunidade de o fazer sem se enfiar no meio do nada do Alasca. Encontrou pessoas, Rainey, Jan e Tracy que viviam de um modo bem diferente, que gostavam dele e que, pelo que me pareceu, não se importariam de o ter por perto. Ele escolheu isolar-se de tudo e de todos.Ou talvez seja eu que sou uma grande insensível que não captei a essência do filme e do próprio Chris.

No final de tudo, a imagem com que fico de Christopher McCandless é que ele era um sonhador. Um idealista inconsciente. E também um rapaz simpático, amigável mas triste. Por muito que nos "diários" dele, ele dissesse estar feliz, na tela passou-me uma imensa tristeza e solidão. Afinal, como ele mesmo escreveu "Happiness only real when shared".

E já agora, o filme é muito enrolado. Não era coisa que eu enfrentasse no cinema.
É bom para ver casa, onde podemos pôr em "pause" quando nos apetecer e ir espairecer.



domingo, março 13, 2011

Classificados

«Procura-se rapaz, português ou que domine a língua portuguesa, com idade
entre os 20 e os 23 anos, heterossexual (ou pelo menos, que aparente ser),
saudável, com hábitos de higiene ao mais alto nível, dentição completa,
agradável à vista, alto mas sem ser nenhuma torre, sociável e com
uma enorme dose de paciência e bom humor para acompanhar
(e nada mais que isso) minina, solteira e boa rapariga,
a uma festa de aniversário. Preço a discutir.»

É este o anúncio que me apetece pôr no jornal quando uma amiga, depois de me convidar para a sua festa de aniversário e de eu ter confirmado que ia, me envia uma sms "já agora, se quiseres ir acompanhada... Não há problema...". Mas acompanhada por quem, pá?! Fico sempre na dúvida se estas coisas é para ver se eu me encho de vergonha e "arranjo um homem" (expressão das minhas queridas friends, não minha...) ou se é para ver se me arrancam alguma informação sobre algum romance secreto que eu possa ter. Além de que tenho a sensação que, apesar do comentário, nunca esperam que eu chegue acompanhada. Logo, dá-me uma enorme vontade de fazer precisamente o contrário, só mesmo numa de ser do contra. Ou chegar com uma amiga e anunciar que sou lésbica. Enfim, não me parece que ainda vá a tempo do pôr o anúncio...

quinta-feira, março 10, 2011

127 horas

Terminei agora de ver o "127 Horas". Fico sempre apreensiva antes de ver filmes nomeados para óscares, globos e essas coisas importantes. É trauma, talvez, da experiência de ver o filme "Colisão", que ganhou o Óscar de Melhor Filme e que eu, pessoalmente, detestei. Só não abandonei o cinema a meio com a minha irmã porque estávamos com uma amiga dela que estava a adorar o filme.

O 127 horas surpreendeu-me. Achava que ia ser só um monólogo enfadonho de um homem preso por um braço numa pedra. Mas é mais do que isso. Bem mais. A actuação de James Franco é brilhante. A dor, o desespero, o medo, a angustia, a frustração, o arrependimento por aquilo que ficou por fazer e por dizer, chegam até nós de forma muito realista. Damos por nós a pensar no que faríamos na mesma situação. Ou talvez apenas a pensar como é preciso estarmos em apuros, perante a possibilidade de não ver mais aqueles que amamos e de não poder fazer o que andámos sempre a adiar, para dar valor, para perceber o quanto estamos a perder. Confesso que, em vários momentos, as lágrimas surgiram no cantinho do olho que eu, teimosamente, reprimi.

A cena mais marcante, para mim, foi quando Aron amputa o próprio braço. Ainda ontem estava a falar sobre isso com a minha mãe, enquanto víamos "The Walking Dead". Comentei que não me achava forte o suficiente para cortar o meu próprio braço. Não sabia se, numa situação de vida ou de morte, da qual a minha vida dependesse da perda de um braço, ou de uma perna, ou de qualquer coisa que incluísse dor - muita dor! - se conseguiria ter frieza, sangue frio necessário para o fazer a mim mesma. Mas hoje, o final do filme 127 horas, fez-me voltar a reflectir no assunto. A verdade é que só podemos saber o que faríamos se formos confrontados com essa decisão e dela depender a nossa vida. Não é algo que possamos decidir previamente, porque não sabemos como vamos reagir em situações extremas. Contudo, Aron cortou o próprio braço, safou-se com vida do Grand Canyon, pôde abraçar novamente os seus país, ir ao casamento da irmã. Ele próprio casou e teve um filho. E tem a vida toda pela frente. Acho que, no final de contas, toda a dor por que passou valeu a pena.

E o melhor deste filme é ser baseado numa história real. É incrível a capacidade de sobrevivência humana, a situações que, à partida, nos parecem insuperáveis. Filme recomendado. Totalmente.

E fica também aqui registado o meu desagrado por Black Swan ter enchido os blogs por esta blogoesfera fora - e atenção que até gosto do filme! - e o mesmo não ter acontecido com 127 Horas. Só prova aquilo que eu já tinha concluído: as pessoas - ou, pelo menos, uma boa parte - não escrevem devido à qualidade ou porque realmente têm algo a dizer sobre o filme. Escrevem porque é mediático e está na moda.

segunda-feira, março 07, 2011

Fresca que é fresca... É Mini!



Adoro! Nada melhor para o ego que uma sessão de publicidade Sagres Mini.

"Ei Mini, estamos loucos por ti..."

E um dia ainda aprendo a assobiar como o gajo.