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quinta-feira, dezembro 23, 2010

Feliz Natal!

Felicidade! É tudo o que desejo para mim, para aqueles que amo e aqueles que acompanham este blog. E já agora, até mesmo para aqueles que não amo e que são uns chatos de primeira. Que sejam muito felizes e bem longe de mim, de preferência! :D

Desejo que o ano de 2011 seja MUITO melhor que o de 2010. Apaixonem-se, sejam promovidos no trabalho, façam aquela viagem que sempre quiseram, tirem notas fantásticas no exames, conheçam pessoas novas, mantenham as velhas amizades, abracem e digam aos vossos familiares e amigos como os amam, saltem de para-quedas... Riam, chorem e vivam a vida ao máximo (isto até me lembrou a publicidade à comida para gatos castrados).

Beijinhos a todos.

domingo, dezembro 12, 2010

Crise, hello?

Cada vez que vejo na televisão, leio nos blogs ou falo com amigos e conhecidos sobre presentes de Natal dá me um friozinho na barriga. É que até parece que não há crise nenhuma e que 2011 não vai ser um ano absurdamente difícil a níveis económicos para todos nós. A inconsciência do pessoal dá-me arrepios, a gastarem balurdios em presentes de Natal para a prima, para o primo, amigo e vizinho, para o periquito e o papagaio. É que se fossem ricos, eu até entendia e aplaudia efusivamente porque o consumo é bom para a economia. Mas não são, de todo. Algum desse pessoal anda a receber pouco mais do que o salário mínimo, tendo filhos para criar e gasta todo o subsidio de Natal em prendas.

Aqui em casa nunca houve essa tolice de presentes para meio mundo, independentemente do dinheiro que havia na nossa conta bancária. Por princípio, achamos isso uma estupidez. Só eu e a minha irmã recebíamos presentes porque éramos as crianças da casa. Depois eu cresci e a partir, mais ou menos, dos meus 12 anos, eu e a minha irmã começamos a juntar mesadas para dar um presente aos papás. Havia um ou outro ano em que também contemplávamos os avós com prendinhas simbólicas. Sem ser os meus pais, só recebia presentes da minha madrinha (que sempre foi o meu Pai Natal), roupa interior suficiente para todo o novo ano da minha avó materna e dinheiro dos restantes avós. E só. Natal nunca foi sinónimo de andar a correr as lojas à procura de presentes à última hora como se a nossa vida disso dependesse.

Portanto, sim, faz-me confusão as pessoas que têm uma lista de 40 presentes para oferecer. Ainda mais quando não há dinheiro para sustentar tanta superficialidade e hipocrisia. Sim, porque na maior parte dos casos, o presente é só porque fica bem, só porque é correcto oferecer o presente. E que se lixe se no resto do ano andam a falar mal uns dos outros.


quarta-feira, dezembro 01, 2010

My umbrella-ella-ella ♫

O dia hoje começou cedinho com frio e a chover a sério. Larguei o carro ao lado do Ministério da Saúde e de guarda-chuva em punho concentrei-me em percorrer o resto do caminho até à faculdade molhando-me o menos possível. Estava a passar nas passadeiras dos arcos quando ouço alguém chamar "olha, desculpa?". Virei-me para trás e deparei-me com uma miúda quase colada a mim "Sim..?" "Vais para ali?" e apontou com o dedo para a subida dos arcos. Respondi que sim e ela pediu-me boleia no guarda-chuva.

Dei uma olhadela rápida ao mini guarda-chuva, daqueles que até cabem na carteira e pensei que, se mal me tapava a mim, ia ser lindo tapar-nos às duas. Mas nem pensei em dizer que não. Passei-lhe o guarda-chuva porque já estava a ser difícil carregar a pasta com Código Civil, a carteira e o guarda-chuva sem me estar a preocupar em cobrir outra pessoa para além de mim.

Que grande erro, pá! Assim que se viu de guarda-chuva na mão, pôs a primeira e tive que acelerar o passo para a conseguir acompanhar. Talvez o óbvio não seja tão óbvio para algumas pessoas mas, pessoas mini dão passos mini. Mais curtos. Lamento, mas as minhas pernas não aguentam andar a passos de gigante por muito tempo. Além disso, eu estava de saltos. Quando dei por mim, estava a fazer a subida dos arcos já com as pernas a doer e a respiração ofegante, a esforçar-me para manter o ritmo daquela desconhecida apressada, sendo que eu só tinha aulas dentro de 40 minutos!

Ela ainda me perguntou se estava a andar muito depressa, mas bolas, sou orgulhosa e recusei-me a dar o braço a torcer. É estúpido, eu sei. Na hora, mal lhe respondi que não, que estava óptima, insultei-me mentalmente todos os nomes que me lembrei. Entretanto perguntou-me onde estudava, respondi-lhe FDUC mas apressei-me a acrescentar que ia ficar nas Matemáticas, para tirar fotocópias - benditas fotocópias!

Mas então, fez-se destino! Ou justiça. Whatever. É por isso que eu adoro aquele ditado que diz que quem ri por último é quem ri melhor. Se a rapariga se estava a divertir com as minhas dificuldades físicas, muito mais me diverti eu depois. Estávamos já a chegar às matemáticas quando ela, com um vento mais forte, deixou escapar o guarda-chuva. Se eu já estava sem fôlego da subida, pior fiquei enquanto me partia a rir - o mais silenciosamente possível - ao vê-la correr atrás do guarda-chuva, ora com os braços no ar como quem pede ajuda aos céus, ora quase de gatas para tentar alcançar o guarda-chuva que fugia à frente dela.

Quando ela finalmente alcançou o guarda-chuva e se virou para mo entregar, mordi as bochechas, mantive uma expressão neutra e entrei na faculdade de Matemática enquanto ela corria para a de Letras. Só quando vi que ela já se estava afastar é que me sentei nos degraus a rir-me que nem uma maníaca, agarrada à barriga enquanto tentava voltar a respirar normalmente. Ainda bem que não conheço ninguém na faculdade de matemática. Sinceramente, valeu a pena todo o esforço da subida só pela cena fantástica de perseguição ao guarda-chuva.

Adoraria dizer que o guarda-chuva não sofreu danos com
a sua fuga mas...Uma vareta foi partida durante o
processo. Valeu a pena, mesmo assim. Tudo
em nome de umas boas gargalhadas.

quinta-feira, novembro 18, 2010

Qual o filme da tua vida?

Harry Potter. Harry Potter. Sempre Harry Potter. Sem pensar duas vezes, sem dúvidas, sem reflexões. Os livros são absurdamente melhores que os filmes e os filmes não são nenhuma obra de arte cinematográfica. Mas deram vida a uma fantástica série de livros. Ver reproduzido numa tela gigante todos as cenas que até aí só ganhavam vida na nossa imaginação foi uma sensação indescritível. As personagens ganharam um rosto e acompanhamos o seu crescimento ao longo dos filmes. Afeiçoamo-nos aos actores, numa mistura de admiração e gratidão por terem interpretado os nossos personagens favoritos. E é impossível um verdadeiro fã de Harry Potter não sentir um aperto no peito agora que está tão perto do final.



sábado, novembro 13, 2010

Vida de sapateira

Sei que estou num dia particular sensível quando, na peixaria do intermarché, me vêem as lágrimas aos olhos enquanto observo as sapateiras. Olho para elas, no gelo, a mexerem as suas pinças e patinhas - ou seja lá qual for o nome que se dá aos membros destes seres - e a olharem para mim. Um olhar de suplica, desesperado, um pedido de socorro silencioso. Penso como a vida é cruel para elas: são retiradas do seu habitat vivas e vivas tem que percorrer uma longa viagem até à peixaria a que estão destinadas, para então ficarem no gelo enquanto esperam que alguém as escolha. E quando acontece, mal sabem elas que vão ser cozidas vivas. E quanto mais penso, mais triste e com pena das sapateiras fico, assim como dos caranguejos e todos esses seres de carapaça que passam por tal tortura. E quanto mais triste fico, mais estúpida me sinto por estar a ponto de me tornar uma defensora dos direitos das sapateiras e companhia.

E então, a funcionária da peixaria, com uma enorme sapateira na mão, repara no meu olhar e, provavelmente a pensar que eu estava preocupada por ela ter aquele bicho na mão, explica com um grande sorriso: Elas não mordem, são meiguinhas! Os caranguejos esses, são uns trastes, não perdem uma oportunidade para usar as pinças.

Ainda me senti pior por umas sapateiras tão simpáticas terem tão triste fim. E enchi-me de orgulho dos caranguejos que dão luta até ao fim - e juro que eu ser do signo caranguejo não teve influência nenhuma no meu orgulho! Ocorreu-me o pensamento de comprar todas as sapateiras e depois devolve-las à liberdade, num gesto simbólico digno de registo.

Mas depois lá voltei à realidade, fugi ao olhar aflito das sapateiras e fui fazer o resto das comprinhas.

sexta-feira, novembro 12, 2010

Carpe Diem

Estava aqui a pensar em retomar o desafio, abandonado já há uns dias por puro desleixo meu. Admito. O segundo dia do desafio é sobre "o filme da minha vida". E eu já estava com os dedinhos prontos para fazer um texto sobre Harry Potter, essa saga fantástica que acompanho desde os meus 10 anos, que tanto me fez sonhar e tanta coisa boa me proporcionou.

Mas não pude. Não pude porque, quando comecei a pensar sobre os filmes, sobre a influência que Harry Potter teve na minha vida, lembrei-me dela. Alessandra ou simplesmente leka. E então lembrei-me em como ela não veria o final de Harry Potter nos cinemas e esse pequeno detalhe, desencadeou uma corrente de emoções tal que perdi qualquer ânimo para escrever sobre a minha paixão sobre Harry Potter.

Leka foi só uma das muitas pessoas que conheci graças a Harry Potter. Aos 13 anos comecei a participar num fórum de Harry Potter onde milhares de fãs se reuniam para discutir os livros, comentar sobre os filmes ou falar sobre qualquer outra banalidade. Lá fiz amigos. Muitos. Alguns perderam-se com o passar dos anos. Outros, poucos, ainda persistem e mantenho contacto apesar de já não participar do tal fórum. A Leka não era uma amiga, não no verdadeiro sentido do termo. Não falávamos muito no msn. Lembro-lhe de falarmos uma ou outra vez sobre alguma coisa sem importância. Mas no fórum, trocávamos várias mensagens. Muitas. Discutíamos, trocávamos opiniões. Sobre tudo. Foi ela que me ensinou os primeiros passos no photoshop. Seguia o blog dela com relativa frequência. Era divertida, simpática, querida. Ainda que não fizesse parte do meu circulo de amigos, gostava dela. A Leka era uma pessoa muito fácil de se gostar.

Foi um choque quando recebi a notícia sobre a sua morte em Maio deste ano. Doeu. Mais do que alguma vez pensei que fosse doer. Senti-me doente, enjoada, com um nó na garganta. Fiquei tão mal disposta que não quis falar com ninguém. Nunca me tinha sentido assim. Estava em choque, sem querer acreditar, tentando processar, tentando ser racional. Nem eu entendia muito bem porque estava tão incomodada. Quer dizer, morrem pessoas todos os dias. Assim que cai na cama, abri a torneira e chorei até ficar cansada. Não conseguia parar de pensar na Leka, na jovem de 20 anos que tinha deixado de viver. Que não ia mais namorar..! Dei por mim a lembrar-me de frases dela, de desejos e sonhos que ela dizia querer concretizar e eu só conseguia pensar que ela tinha partido sem sentir a felicidade, a alegria de os realizar. Pensei nos pais, nos amigos, nos colegas.

Até que por fim, sosseguei. A verdade é que nós, por muito mal que fiquemos com a morte de alguém, estamos vivos e continuamos a viver a nossa vida. Nunca entendi muito bem as pessoas que, perante a morte de alguém, só falam "coitado do marido, da filha, dos pais...", etc, etc. Sempre achei que o coitado era a pessoa que tinha morrido. Os outros, mais tarde ou mais cedo, irão superar. Lembrar-se-ao com mais ou menos frequência do falecido, mas continuarão com a sua vidinha.

Tenho pena da Leka. E logo eu que odeio o sentimento "pena". Lamento que uma pessoa tão boa, com tanto para viver, tenha deixado de o poder fazer quando há tanta gente por aí à solta que, na verdade, não fazia cá falta nenhuma. Acho injusto. É nestas alturas que, apesar de católica, não consigo aceitar. Não me consola nenhuma ideia de paraíso ou algo do tipo. Sinceramente, já nem sei se acredito que tal exista.

Só tenho certeza de uma coisa: os 20 anos de vida de Leka foram vividos intensamente. Aproveitados ao segundo. Se alguém segue o lema "carpe diem", esse alguém é a Leka. Sei que, se eu morresse agora, não tinha nem metade de uma vida tão cheia, tão repleta de momentos. A Leka lembra-me que a vida é curta. Demasiado curta.


"Porque a vida é feita de inspirações…
Sempre."
- último post de leka, no seu blog.

terça-feira, novembro 09, 2010

Vale a pena pensar nisto

"Era uma vez, no antigo país das fábulas, uma família em que havia um pai, uma mãe, um avô que era pai do pai e aquela já mencionada criança de oito anos, um rapazinho. Ora sucedia que o avô já tinha muita idade, por isso tremiam-lhe as mãos e deixava cair a comida da boca quando estavam à mesa, o que causava uma grande irritação ao filho e à nora, sempre a dizerem-lhe que tivesse cuidado com o que fazia, mas o pobre velho, por mais que quisesse, não conseguia conter as tremuras, pior ainda se lhe ralhavam, e o resultado era estar sempre a sujar a toalha ou a deixar cair comida ao chão, para já não falar do guardanapo que lhe atavam ao pescoço e que era preciso mudar-lhe três vezes ao dia, ao almoço, ao jantar e à ceia. Estavam as coisas neste pé e sem nenhuma expectativa de melhora quando o filho resolveu acabar com a desagradável situação. Apareceu em casa com uma tigela de madeira e disse ao pai, A partir de hoje passará a comer aqui, senta-se na soleira da porta porque é mais fácil limpar e assim já a sua nora não terá de preocupar-se com tantas toalhas e tantos guardanapos sujos. E assim foi. Almoço, jantar e ceia, o velho sentado sozinho na soleira da porta, levando a comida à boca conforme lhe era possível, metade perdia-se pelo caminho, uma parte da outra metade escorria-lhe pelo queixo abaixo, não era muito que lhe descia finalmente pelo que o vulgo chama o canal da sopa. Ao neto parecia não lhe importar o feio tratamento que estavam a dar ao avô, olhava-o, depois olhava o pai e a mãe, e continuava a comer como se não tivesse nada que ver com o caso. Até que uma tarde, ao regressar do trabalho, o pai viu o filho a trabalhar com uma navalha um pedaço de madeira e julgou que, como era normal e corrente nessas épocas remotas, estivesse a construir um brinquedo por suas próprias mãos. No dia seguinte, porém, deu-se conta de que não se tratava de um carrinho, pelo menos não via sítio onde se lhe pudessem encaixar umas rodas, e então perguntou, Que estás a fazer. O rapaz fingiu que não tinha ouvido e continuou a escavar na madeira com a ponta da navalha, isto passou-se no tempo em que os pais eram menos assustadiços e não corriam a tirar das mãos dos filhos um instrumento de tanta utilidade para a fabricação de brinquedos. Não ouviste, que estás a fazer com esse pau, tornou o pai a perguntar, e o filho, sem levantar a vista da operação, respondeu, Estou a fazer uma tigela para quando o pai for velho e lhe tremerem as mãos, para quando o mandarem comer na soleira da porta, como fizeram com o avô. Foram palavras santas. Caíram as escamas dos olhos do pai, viu a verdade e a sua luz, e no mesmo instante foi pedir perdão ao progenitor e quando chegou a hora da ceia por suas próprias mãos o ajudou a sentar-se na cadeira, por suas próprias mãos lhe levou a colher à boca, por suas próprias mãos lhe limpou suavemente o queixo, porque ainda o podia fazer e o seu querido pai já não."

As Intermitências da Morte, José Saramago

quarta-feira, novembro 03, 2010

Durante a tua infância, qual o monstro que vivia debaixo da tua cama?

Provavelmente vou ser uma desilusão completa, mas não havia monstros debaixo da minha cama. Nunca achei que havia algo debaixo da cama que me viesse atacar durante a noite. O meu medo era outro.

Até aos 7 anos, dividi o quarto com a minha irmã, sendo que a nossa cama era um beliche, ficando ela na cama de cima. Não tinha medo de nada em especial. Às vezes acordava assustada por algum pesadelo e lembro-me de choramingar para acordar a minha irmã. Que, sempre simpática, se limitava a dizer que tinha sido só um sonho mau e mandava-me dormir. Uma querida.

Depois trocámos de casa e eu ganhei um quarto só para mim. E não sei se foi por estar numa casa nova ou se foi por passar a dormir sozinha mas comecei a ter medo do escuro. Nos primeiros dias os meus pais deixavam a luz do corredor acesa e a porta do meu quarto ligeiramente aberta. Uma vez que o medo não passou, o meu pai instalou um interruptor especial no meu quarto. Era redondo e dava para regular a luz. Quando estava no mínimo dava uma luzinha muito fraca mas o suficiente para espantar os meus medos nocturnos. Até que cresci, os meus medos passaram e a luz passou a estar desligada. O interruptor avariou quando eu já estava no secundário e até me deixou um pouco nostálgica.

Hoje, em compensação, preciso de dormir na mais completa escuridão. A persiana totalmente fechada (só mesmo se não aguentar de calor é que a abro um pouco) e antes até mesmo a porta fechava. Porém, desde que tenho gatos que adoram dormir comigo e que se a porta estiver fechada fazem uma miadeira que ninguém dorme, deixo-a entreaberta.

terça-feira, novembro 02, 2010

Desafio #2

E ai vem mais um desafio! Este foi criado pelo blog "Espera Só Um Segundo". Vou tentar respeitar o desafio e responder todos os dias a uma pergunta, mas não prometo nada pois às vezes o tempo e a paciência não abundam para estes lados.

Dia 1 - Durante a tua infância, qual o monstro que vivia debaixo da tua cama?
Dia 2 - Qual o filme da tua vida?
Dia 3 - Qual o sonho mais estúpido que já tiveste?
Dia 4 - Quem gostarias de ver da janela do teu quarto?
Dia 5 - O que é que te assusta mais?
Dia 6 - Quais os melhores segundos da vida?
Dia 7 - O que achas que as pessoas dizem de ti?




Não vou passar o desafio a ninguém específico, quem quiser, sinta-se livre para responder :)

segunda-feira, novembro 01, 2010

Feriados ♥

Adoro feriados. Adoro acordar às 11h mas só me levantar da cama às 14h, numa clara demonstração da minha imensa preguiça. Fico enroscada nos lençóis, sonolenta, num estado de semi-consciência, caindo no sono e acordando várias vezes e ali permanecer, sem coragem para me levantar e enfrentar o mundo. A sonhar acordada, a pensar em tudo e em nada.

A verdade é que adoro a ausência de rotinas. Não ter horas para almoçar, nem jantar. Fazê-lo apenas quando tenho fome, se tiver fome. Não precisar de andar a correr de um lado para o outro. Esquecer o relógio. Ignorar as sms, os telefonemas, tudo, porque o dia é só meu. Andar de pijama pela casa o dia todo sem ninguém para nos censurar por isso. Mover-me do sofá para o computador e depois fazer uma viagem até ao frigorífico, até à máquina do café e então voltar para o meu cantinho da preguiça. E ser feliz com isso.

Diga-se de passagem que foi um bom dia. Não no sentido de ser cheio de surpresas positivas e novidades. Não. Foi um dia calmo, estável, talvez entediante para muitas pessoas mas eu gosto. Não sempre. Mas, às vezes, sabe bem estarmos longe do mundo para recuperar energias.

Já agora, ando a ler "As Intermitências da Morte" de José Saramago. Estou a gostar muito. E viva a Biblioteca Municipal que me permite matar a minha sede de leitura sem andar a gastar dinheiro.

domingo, outubro 24, 2010

Dá-me um abraço...

Sempre gostei mais de abraços do que de beijos. Beijos é algo tão banalizado! Cumprimento todos os meus parentes com dois beijinhos, um em cada bochecha, até mesmo aquela tia chata e rancorosa que me detesta. Cumprimento aquele amigo do meu amigo que acabaram de me apresentar. São tantos os beijos que dou só porque sim, por cortesia, que acabam por perder algum significado.

Os abraços não. Os abraços são mais escassos. São guardados para aquela pessoa especial, para aquele momento em que um abraço diz mais do que um discurso completo. Para quando nos sentimos tão, tão pequeninas que quase receamos nos tornarmos invisíveis. É um abraço que eu procuro naquele momento de grande alegria; aquele abraço tão feliz que saltamos para os braços da outra pessoa, dobramos as pernas para tirar os pés do chão e somos rodopiados no ar, em pleno êxtase. É também um abraço que procuro quando só me apetece enfiar na minha cama e chorar até adormecer. Quando a vida nos parece tão, mas tão má que nos sentimos os mais infelizes do planeta e só queremos enroscar-nos nuns braços protectores, às vezes da mamã, e voltarmos a ser crianças outra vez, despreocupados e felizes sem saber bem porquê, totalmente alheios à tristeza em nosso redor.

Dêem um abraço. Mas não só para me fazer a vontade. Façam-no com sentimento. Para partilhar a vossa alegria, tristeza ou simplesmente mostrar aquela pessoa como ela é especial. Quando as palavras falham, a voz se recusa a sair ou o nosso orgulho fala mais alto, o abraço é o meu transmissor silencioso de sentimentos.

terça-feira, outubro 19, 2010

A história da mini-camioneta

Hoje vi um homem na faculdade. Ok, vi muitos. Mas este era giro, giro, giro. E até pareço uma miúda que nunca viu um gajo à frente, mas se vocês o tivessem visto estavam como eu. Era o tipo de homem que temos que observar, ainda que discretamente. Que faz bem à vista. Que reduz todos os machos em redor a seres insignificantes. E não se tratava apenas de beleza física. Era mais do que isso. Tinha um q de misterioso e até os seus gestos mais banais eram charmosos. E estava sozinho, transmitindo uma ideia de inacessibilidade que ainda atraia mais. Nada de miúdas histéricas à volta dele, nem mesmo um amigo. Era só ele, à espera que a sua aula começasse, uma mala com os livros a tiracolo e o cigarro na mão. E eu que nem acho piada a gajos que fumam!

Observei-o à distância, a pensar que gostava de o conhecer. Não apenas por ser giro ou por qualquer razão indecente que vos possa estar a ocorrer. Era só mesmo para ver se o conteúdo corresponde ao pacote ou se é um bronco qualquer. E então, se correspondesse, sonhar com a possibilidade de algo mais. Talvez até lutar por isso.

E então, ocorreu-me que era areia de mais para a minha mini-camioneta. E este pensamento chateou-me. Muito. Chateou-me o facto de me estar a menosprezar, a concluir rapidamente que alguém como ele se podia interessar por alguém como eu. Chateou-me tanto que tentei pensar em algo para me consolar a mim mesma. Foi quando me ocorreu que talvez fosse bom ele ser areia de mais para a minha mini-camioneta. Porque de certeza que aquela areia toda ia desiludir-me, atraiçoar-me, roubar-me a gasolina e furar-me os pneus quando eu menos esperasse, exactamente como da última vez que recebi um carregamento de areia da mais alta qualidade (vulgo, ex-namorado). Era de tão alta qualidade que todas as camionetas de luxo a queriam transportar e competiam por isso. E a mini-camioneta sentia-se insegura e tentava não o demonstrar. E a areia assegurava que não havia motivos para tal, que só gostava da mini-camioneta, para sempre. A mini-camioneta convenceu-se e quando menos esperava a areia anunciou que estava confusa. Que havia uma camioneta que ela gostava muito, não sabia quanto. E que precisava pensar.

E a mini-camioneta chorou. Não muito porque teve medo de enferrujar. Sentiu-se ferida, traída mas a sua vida continuou. Pôs os limpa pára-brisas a funcionar, acendeu os faróis, buzinou e seguiu o seu caminho. Até que a areia voltou. E desculpou-se porque tinha cometido um erro. Que tinha percebido que nenhuma camioneta se comparava à mini-camioneta. Que ela era especial, única. E pediu para voltar a ser carregada pela sua camioneta querida. E esta recusou. A mini-camioneta ainda gostava muito, muito mesmo da sua areia da mais alta qualidade. Gostava tanto que recusar aquela oferta foi muito doloroso. Mas percebeu que nunca mais podia confiar na areia e que o amor não pode sobreviver sem a confiança. E que tinha o seu orgulho e amor-próprio.

Agora, pergunto-me, se a mini-camioneta não se terá reformado. Ou tirado uma licença sabática. Ou uma licença sem vencimento. Algo do tipo. Se não andará a fugir de qualquer tipo de propostas de carregamento de areia. Por medo. Medo de voltar a chorar, a sofrer. Medo de voltar a confiar e se arrepender. Ou talvez esteja simplesmente avariada e não consiga mais transportar areia. E fico preocupada com a mini-camioneta. Muito. E gostava de ajuda-la e não sei como. Talvez deva procurar um mecânico.

quarta-feira, outubro 13, 2010

O céu é o limite

Hoje, quando voltava da faculdade, apanhei uma fila descomunal no trânsito. Culpa minha que me esqueci que a estrada está em obras e não fui por uma estrada secundária. O meu erro custou-me uma horita, mais coisa menos coisa, de fila às 4horas da tarde, o sol a brilhar lá no alto, o carro sem ar condicionado a virar uma estufa, os vidros abertos, a RFM no seu auge e eu lá dentro. Óculos de sol, rabo de cavalo e cheia de paciência. E não estou a ser irónica.

Nunca entendi muito bem porque as pessoas se irritam, buzinam e se insultam uns aos outros quando estão em filas. Não é por isso que a fila vai andar mais depressa, ou é? Não me entendam mal: de manhã, quando estou cheia de pressa, também não acho piadinha nenhuma ao trânsito. Mas não é por isso que descarrego todas as minhas frustrações na pobre buzina e nos ouvidos dos outros. Ao final da tarde, então, sem horas para chegar a casa nem nenhum compromisso inadiável, não me ralo nada. Dá-me para tudo. Pensar na vida, no que tenho que fazer, tentar recordar-me o que puder das aulas... Às vezes canto, faço umas mini-danças em que só mexo os braços e a cabeça, falo sozinha... Os outros condutores devem pensar que sou tolinha.

Só para variar, decidi voltar os meus olhos para o céu e entreter-me. O céu estava naquele tom de azul absolutamente perfeito: é um azul claro, meio celeste. E as nuvens brancas, como se fossem algodão fofinho. É uma das visões mais bonitas, ainda por cima à borla e nem lhe damos importância. Estive a fazer isso mesmo que vocês estão a pensar. Aquele jogo infantil de encontrar formas, imagens e desenhos nas nuvens. Era uma coisa que já não fazia há muito tempo, pois no dia-a-dia, não posso andar por aí de nariz empinado. Digamos que já sou desastrada o suficiente sem a minha cabeça nas nuvens.

Vi de tudo. Numa mesma nuvem as imagens sucediam-se num piscar de olhos. Primeiro começou por ser uma criança, com o cabelo como a Pipi das Meias Altas. Depois a nuvem mudou para algum ser mítico que talvez só exista na minha imaginação, de cabelos longos, vestido esvoaçante e expressão sonhadora. E logo a seguir era uma bailarina de ballet, com aquelas saias engraçadas e tudo. Uma pessoa com outra nos braços, desfalecida. Um leão, um veado. Um cão saltitante e de língua de fora.

Pergunto-me se a nossa maneira de ser, a nossa vida, sonhos e medos influenciarão, de algum modo, aquilo que vemos. E o que aquilo que vejo dirá sobre mim.


sexta-feira, outubro 08, 2010

O meu velho amigo Tomás


O meu sétimo ano escolar significou uma mudança de escola, uma turma nova e um colega de mesa novo. Vamos chamar-lhe Tomás. Embirrámos um com um outro quase instantaneamente, sem qualquer motivo racional. Mas a convivência forçada, tornou-nos amigos e fomos colegas de mesa durante 3 anos.



Não era uma amizade profunda, daquelas que ficam para a vida. Até porque aos 12 anos, as amizades são todas um pouco superficiais. Tínhamos algumas coisas em comum e, por outro lado, éramos totalmente diferentes. Mas ele era diferente dos outros rapazes e até marginalizado por eles. Todos os outros rapazes da turma já se achavam muito adultos. A maior parte fumava, bebia e procurava já namoradas ou simples curtes. Eu, particularmente, detestava-os. Eram uns marginais em ponto pequeno que se divertiam a tentar rebaixar-me por eu ser baixinha, por a minha mãe ser professora, por vestir roupas de marca. Por não beber, não fumar, nem lhes fazer olhinhos ou rir que nem tonta das suas piadinhas, como as outras raparigas. Por ter boas notas, ser boa aluna, bem comportada. Ou talvez, simplesmente, porque eu tinha coisas que eles não podiam ter, às vezes por razões económicas.

Mas o Tomás era simpático. Não se importava de aos 12 anos brincar à apanhada e aos polícias e ladrões. Riamos nas aulas e conversávamos e, quando ele me chateava eu riscava-lhe a mão com a caneta. E ele ficava furioso e fazia-me o mesmo até um de nós se render. Éramos próximos e isso era motivo de gozo por parte da turma, que até começaram com as piadas sobre sermos namorados. Lembro-me de me sentir furiosa, embaraçada e até um pouco ofendida com as piadinhas. É estúpido e imaturo mas eu não queria ser conhecida como a namorada do Tomás. Não estava minimamente interessada nele e, aos 12 anos, tinha ideias muito românticas do namorado perfeito: tinha que ser giro, claro, e muito romântico. Moreno com olhos verdes. Daqueles rapazes que nos fazem suspirar e nos tiram o ar com um olhar. A verdade é que com 12 anos constrói-se um ideal de namorado perfeito muito irreal e utópico.

quinta-feira, outubro 07, 2010

A Mini recomenda... [#1]

Ainda a propósito deste post sobre séries: quem for maníaca por séries como eu sabe que, por vezes, é difícil acompanhar as novidades das nossas séries preferidas. Chegamos a um ponto que já não sabemos se já saiu um episódio novo, qual o último que vimos, a data do próximo, etc, etc, etc.

Para tudo isso existe um site, o orangotag! A minha vida de viciada em séries tornou-se muito mais simples depois de o conhecer. Quem quiser, pode ver o meu perfil aqui, adicionar-me como amiga e depois organizar todas as suas séries. É bem simples de usar!

terça-feira, outubro 05, 2010

Top Séries

Eu sou um bocadinho viciada em séries. Vejo bem mais séries do que filmes. Adoro o facto de que, nas séries, acompanhamos as nossas personagens preferidas durante muito mais tempo do que nos filmes. A "relação" é mais duradoura, sofremos quando algo de mau acontece quase como se fosse real, saltitamos de felicidade quando o casal que apoiamos fica junto, ficamos ansiosas por cada episódio... 

Como já começou a fall season nos EUA, o que significa o retorno das minhas séries, lembrei-me de fazer um top de séries que vejo/já vi, que são as minhas preferidas e que recomendo. Não vou fazer o top por ordem de preferência; vou, simplesmente, escolher as 3 séries favoritas forever and ever e, depois, se clicarem no Ler Mais vêem algumas outras séries que eu gosto. Depois digam se conhecem e/ou vêem alguma! :)

Preparados? 

credits

Gilmore Girls
"oy with the poodles already!"

Sinceramente, acho que esta é a minha série preferida de sempre. É perfeita. Tem um equilíbrio fantástico entre humor e drama, as personagens principais são adoráveis, cheias de qualidades e defeitos e faz-nos desejar ter relação de mãe e filha como ambas têm. Uma série que rende boas gargalhadas e, ao mesmo tempo, com vários momentos comoventes.

credits
Bones
"I don't know what that means"

À primeira vista pode parecer apenas mais uma série policial e por isso aconselho que vejam pelo menos as duas primeiras temporadas. Porque exactamente o que me cativa em Bones mais do que em séries como CSI, é que é uma história sobre os personagens. Cada episódio há um crime para resolver, como em qualquer série deste género, mas em Bones há um maior ênfase nas personagens, na sua história e na relação entre elas. As personagens são divertidas, inteligentes, cheias de defeitos, qualidades e fragilidades humanas. A forma como isso é explorado na série e a dinâmica entre as personagens é, na minha opinião, onde reside todo o encanto de Bones. E os crimes são bem escolhidos também; temos de tudo, desde ao mais macabro ao mais hilariante, mas sem perder a qualidade. Além de que a dupla de actores principais David Boreanaz (Seeley Booth) e Emily Deschanel (Temperance Brennan) fazem um trabalho fantástico.

credits
Buffy, the Vampire Slayer 
"the hardest thing in this world is to live in it"

Este Verão aproveitei para rever esta série, que já tinha visto há uns anitos. Rever apenas me recordou como ela é incrível para a sua época (1997-2003). Joss Whedon, o criador, é absolutamente genial. É uma série, obviamente, sobre vampiros e demónios em geral. E mais do que isso, é uma série sobre uma heroína, uma adolescente que só quer ser uma miúda normal mas tem que carregar sobre os ombros, sozinha, a responsabilidade de salvar  o mundo do mal até que morra e outra caçadora a substitua. E Buffy é a minha heróina de séries preferida. Pois não é a heroína perfeita: ela erra. Muito! Faz asneiras, às vezes é injusta, precisa de ajuda. Mas tem as melhores frases sarcásticas de toda a televisão. É engraçada. É tão humana que até nos esquecemos que é só uma personagem fictícia.  A série é tem humor, ironia, drama, suspense, acção. Foi uma série ousada para o seu tempo, em que um dos seus melhores episódios é praticamente sem diálogos (uma resposta de Joss Whedon às pessoas que diziam que o sucesso da série se devia apenas aos diálogos).

sábado, outubro 02, 2010

Momentos

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Sou acordada com a sua cabeça felpuda junto à meu pescoço, procurando um espaço aberto entre o edredom. Meia acordada e meia a dormir, mexo-me e levanto ligeiramente o edredom, o suficiente para ele se escapulir para debaixo dele. Deito-me em posição fetal, de lado e com as pernas flectidas. Ele aninha-se junto à minha barriga, de costas viradas para mim, procurando o calor. 

Inicialmente todo encolhido em forma de bola, vai-se esticando, preguiçoso com o calor e suspira quando termina o movimento, a cabeça dele perto do meu pescoço e a pontinha do nariz dele já fora do edredom.

Quando acordo ainda estamos na mesma posição. Estico-me como um gato, espreguiçando-me e ele remexe-se também sem acordar. Quando tomo consciência da sua presença ali, percorro os dedos pelo seu pêlo macio. Acaricio-lhe cuidadosamente as orelhas, afundo os dedos na lã da sua barriga gordinha. Ele encosta o nariz frio ao meu pescoço, como resposta. Sorrio, aperto-o ligeiramente mais contra mim e fico feliz por ser fim-de-semana e poder passar a manhã na cama. Sinto-me quente, relaxada, preguiçosa, sonolenta e com uma satisfação plena.

É a melhor sensação do mundo. 



segunda-feira, setembro 13, 2010

10 coisas que gostaria de dizer a dez pessoas diferentes

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Resposta ao primeiro dia do meme 10 dias sobre ti
  1. És a pessoa com quem posso ser mais "eu". Não julgas, não criticas, não avalias. Contigo, tenho a sensação que posso dizer ou fazer a coisa mais absurda do mundo sem receber um olhar de censura teu. Posso ser livre como uma criança outra vez e, junto a ti, não consigo deixar de sorrir.
  2. Magoas-me e desapontas-me até me levares às lágrimas. Mas não consigo gostar de ti. É um amor incondicional mesmo que eu não o admita. Tenho uma dívida eterna contigo, apesar apesar dos teus imensos defeitos.
  3. És o meu exemplo a seguir. A minha melhor amiga. Aquela que eu sei que estará comigo no pior dos piores momentos. Deste-me a vida, um futuro, educação e todas as ferramentas necessárias para ser uma pessoa equilibrada e feliz. Concretizaste todos os meus sonhos que estavam ao teu alcance. Compreendes-me e respeitas-me. E não há ninguém no mundo que eu respeite e ame mais do que a ti.
  4. Obrigada. Por todas as discussões infantis, pela sinceridade, pelos conselhos, pelas dicas. Por me ires buscar ao recinto da queima de madrugada quando não tinha carta. Por seres a minha companhia para o cinema. Por seres uma irmã com tudo de bom e de mau que isso implica.
  5. Desculpa por não ter dado certo. E desculpa por achar um erro termos tentado.
  6. Tenho pena que não possas ouvir a minha voz. Tinha muita coisa para te dizer que a tua leitura labial não conseguiria acompanhar. Obrigada pelos mimos, pelos carinhos, por me tratares como uma princesinha. E por teres sempre pipocas ou bolinhos à minha espera quando te visito.
  7. Foste o meu fiel e eterno amigo de infância. A tua ausência é uma ferida que ainda me provoca lágrimas e à qual nunca me vou habituar.
  8. Odeio o que te aconteceu. Imagino muitas vezes o que haveria de diferente se não tivesse acontecido. E se pudesse, não pensaria duas vezes em mudar o passado.
  9. Às vezes irritas-me. Outras vezes fazes-me rir até às lágrimas. Temos uma amizade estranha e instável. Mas adoro quase todos os bocadinhos que passo contigo.
  10. Obrigado por teres sido a melhor madrinha que uma caloira pode querer. Por me teres aceitado tal como sou. Por te teres tornado uma amiga. E pelos abraços quando estamos muito tempo sem nos ver. Tudo o que desejo é que sejas feliz!

Bem... Diga-se de passagem que isto não foi nada fácil. Houve vários momentos em que parei sem saber o que escrever. A maior parte das pessoas não estão identificadas, eu sei.

domingo, setembro 12, 2010

Meme: 10 dias sobre ti

O desafio consiste em fazeres um post, todos os dias – durante dez dias – em que digas o seguinte:

Primeiro dia – Dez coisas que tu gostarias de dizer a dez pessoas diferentes agora.
Segundo dia – Nove coisas sobre ti.
Terceiro dia – Oito maneiras de ganhar o teu coração.
Quarto dia – Sete coisas que cruzam muito a tua mente.
Quinto dia – Seis coisas que tu gostarias muito de fazer e que ainda não fizeste.
Sexto dia – Cinco pessoas que significam muito para ti.
Sétimo dia – Quatro coisas que tu nunca esqueceste.
Oitavo dia – Três coisas que tu gostarias de esquecer.
Nono dia – Dois smileys que descrevem a tua vida agora.
Décimo dia – Uma confissão.

Encontrei este meme no blog da Carla Oliveira e decidi fazê-lo. Não o vou passar a ninguém, sintam-se livres para o fazer e avisem para eu ir cuscar as respostas ;)

sexta-feira, setembro 10, 2010

Fenómeno da Mousse de Chocolate Instantânea



Gosto de mousse de chocolate. É como uma overdose de chocolate, perfeita para chocolatras como eu. Não é algo que coma sempre mas, às vezes, uma taça de mousse de chocolate é tudo o que preciso para melhorar o meu dia. Caseira então… Do melhor.

Por outro lado, a instantânea… Não é que seja má simplesmente… Não é igual. A satisfação com que a como não é a mesma, entendem? É doce e mata por algum tempo o meu desejo por chocolate mas não me aquece por dentro, não me faz suspirar de olhos fechados, de prazer por saciar a minha gula. É doce, só. Não é sublime. É pouco consistente. Eu gosto da mousse durinha, daquelas que a colher quase se segura em pé, sem esforço. Infelizmente, a instantânea é tão rápida de ser feita que se vulgarizou pelos restaurantes e até na casa de muitas famílias.