Estou agora a ver na SIC a reportagem dos paizinhos e alunos em protesto porque as suas escolas particulares com contratos de associação com o Estado, vão ter o seu financiamento reduzido. E parto-me a rir com pessoas a dizer que não há alternativas e que as escolas públicas estão lotadas.
Oh meus amigos da Granja do Ulmeiro, eu sei que vocês gostam muito da vossa escola, que até tem carrinhas para vos ir buscar a casa e tudo e vos torna a vossa vidinha mais fácil. Mas se querem esses luxos, que os paguem! E não me venham cá com a história que as escolas de Soure estão lotadas porque sei com conhecimento de causa que até há lá professores com horário zero, sem ninguém a quem dar aulas. Alunos a mais é coisa que, infelizmente, não têm. Portanto, eles até agradecem que vocês invadam a escola.
Sinceramente, dá-me nervos esta gente que vem para a televisão falar como se todos fossemos parvos ou andássemos a dormir. E quando se põem a falar da qualidade de ensino? Por amor de deus, eu estudei sempre na pública e não foi por isso que não entrei na faculdade que queria, na minha primeira opção com uma nota bastante boa. Quem os ouve até pensa que as escolas públicas são uma porcaria, que recebem os piores professores, ou que eles vivem no meio do nada, num deserto sem outras escolas num raio de 50 km. Tenham dó! Não é este, de todo, o caso do Colégio de Cernache ou do Instituto de Pedro Hispano.
E atenção: não tenho nada contra escolas privadas. Quem tem dinheiro para as frequentar, óptimo. Agora andarmos a pagar para estas escolas terem tudo e mais alguma coisa, ao ponto de ser vergonhoso quando comparado com as escolas verdadeiramente públicas, que precisam bastante daquele dinheiro. Escolham a escola dos vossos filhos. À vontade. Mas não há custa do dinheiro dos outros.
Ultimamente ando muito revoltada, eu sei.
Deve ser stress dos exames.
Deve ser stress dos exames.